Fragmentei-me
em utopias, em poesias, em negras ousadias.
O
inóspito monstro que eu era? Desapareceu… está derreado…
De
tantas esperanças, de tantas promessas, de tantos beijos ao luar.
Quero
que o meu coração se torne em ouro, que renasça, que prefira
Se
deve ser atacado ou engelhado. Mas também que te despoje,
Que
te roube essa tua tumultua paixão, esse belicoso sorriso.
Porque
eu quero sentir-me vivo por aquilo que me inspira: por euforias.
Lacerar
a minha alma de excitação, de júbilo, e saber que estou errado.
Porque
és quem me aleija as mãos, o corpo, a alma. E até estou a delirar…
O
amor é mesmo assim: é apunhalar, sem misericórdia e de forma verdadeira,
O
que nos mais nos custa admitir: a aspereza das palavras. Por isso, hoje,
Rasga-me
o tronco, destrói-me em pedaços. Só de ti é que preciso…
Sibila-me
juras de amor, toques infaustos, mas apenas sibila-me…
Permita-me
que me junte ao teu espírito selvagem, e fantasia-me.
Talvez
te peça muito, talvez te peça pouco, talvez me continue a gretar,
Mas
eu apenas quero ser a tua metade, e fazer-te sonhar, deslumbrar-te,
Com
água ardente, desnudos, em pleno chão, ansioso por te enfeitiçar.
Deixa-me
ter-te, deixa-me ter aquilo que mais anseio: amar-te…
Fragmentei-me,
sim. Mas, unicamente, para te receber…
Diogo Canudo
1 comment:
Muito obrigado pela publicação do meu poema e por todo o apoio que me têm dado.
Quem quiser conhecer mais a fundo o meu trabalho literário, aqui fica a minha página oficial: http://www.facebook.com/diogocanudooficial
Obrigado, mais uma vez.
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