Castanhos ousados, os
meus contidos.
Como janelas com
vista para os céus
Os teus estrelas, que
iluminam os meus.
E as tuas
sobrancelhas, alecrim da serra,
As minhas desnudas,
outeiros despidos.
Flores de girassol
que se voltam para mim,
Os teus, quantas
vezes dispersos e alheios,
Ao sol, e ao olhá-lo
nos teus, encandeio.
E sonho, ao fixá-los
tão profundamente,
Ficam vidrados de
paixão, reflexo dos teus.
O mundo para! O olhar
escurece!
Porque os teus olhos
leem os meus.
O corpo desperta o
peito, humedece
A boca, e diz mudas
palavras em voz.
Sentinelas que abrem
alas ao coração,
Sorriso de alma
embaciado em vós,
Como semáforos em
ruas de solidão.
Noite de nevoeiro que
cega o mar,
De compaixão, faróis
mostram o cais,
Intermitentes, olho
os teus sinais,
Como pirilampos que
brincam no ar.
Fê-los Deus, e um dia
ao olhar adeus,
Levarei para sempre o
amor dos teus.
Eugénio Mourão
8 comments:
Um dos poemas fantasticos que o autor fez! Parabens :)
Só gostaria de agradecer. :)
Lindo! Muitos parabéns, vizinho!
Obrigado, Anabela. Bjs. :)
As palavras saem facilmente da tua boca, mais não fazem do que falar dos sentimentos que habitam/ transbordam em ti. Parabéns, Eugénio.
Obrigado, Susana. A vida só é merecida, se for mesmo vivida. E eu estou a tentar "salvar" a minha! O tempo urge e eu preciso de mostrar quem fui e quem sou, por dentro e por fora! Preciso urgentemente de morrer bem comigo e com o mundo!
Texto belíssimo! Escreves muito bem, Eugênio. Estou a acompanhar seus textos aqui de longe. Gosto muito de ler sobre o amor e tua poesia é bela de se ver. Aqui no Brasil a sonoridade das palavras é diferente e portanto li com o sotaque português, deu mais emoção ainda. Belo texto, belo mesmo!
Mariana Siqueira
http://o-amor-em-poesia.blogspot.com
Obrigado, Mariana, pelo carinho das tuas palavras. Fiquei emocionado. :)
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