O lançamento do livro "Pó e Leite Azedo", de Matilde Velho Cabral, será no sábado dia 27 de Novembro na Biblioteca Municipal de Cascais, Casa da Horta da Quinta de Santa Clara, pelas 16h00.
A apresentação estará a cargo de Margarida de Arruda Martins.
3 comments:
O livro está muito bem conseguido,vê se que a escritora tem um dom natural para a escrita,tenho a certeza que ela vai fazer muito sucesso,muita sorte e felicidades!
Adorei o livro dela será a nova Florbela Espanca ou melhor ainda,sem dúvida a melhor poetisa contemporania!muitos parabéns e continuação de um bom trabalho...
Pó e Leite Azedo
A publicação deste nosso livro, e nosso, porque na verdade fica muito mais nosso a partir do momento em que nos é dado a ler. Aqui reside em parte um muito bom mérito da Chiado Editora que o publica.
Ele, livro poético, desta prometedora autora que a partir de agora jamais vai saber o alcance no íntimo de quem irá ler as suas palavras, brotadas da sua imaginação, num sentir poético ainda verde mas que tem a boa semente dos que com muita profundidade observam a vida.
Inspirada por vezes em histórias contadas recria no conhecimento do ancestral no feminino, e, expressando-se também intuitivamente quando partilha dessa magia muito única e secular desse mesmo mundo.
Após a nossa leitura que vagueia no abstracto ou nas suas expressões perspicazes desse sentir e apesar de muito jovem ela penetra no vasto mundo das palavras poéticas mesmo que nunca as tenha vivenciado, no entanto a sua imaginação interior já sabe que no mundo da poesia não existe o tempo ou o fim...
Se quando ao ler-mos nos sentimos mutuamente mais poetas; Simplesmente aconteceu poesia.
Não se pode jamais falar do que inspira o outro ou de como se transformou em palavras o que de sempre se sabe, seja-se Dama ou Donzela. É nosso do Agora do Ainda e até do Amanhã!
Criar, criamos todos, ou quase todos...
Tão pouco poderia existir muitas das expressões criativas se não fossemos dotados também da capacidade imaginativa e até sensitiva para assim poder receber o muito que nos é dado a conhecer, e como tal aqui estamos todos nós para partilhar este momento muito acarinhado nas nossas sensibilidades...
Que do núcleo do nada e do verbo se transforme as palavras em poesia e a poesia em coragem de a entregar, nunca se sabe a quem... E ao expor todos esses mundos, desde as paixões condenadas à morte inevitável, das futilidades antigas ou mesmo das mais actuais criadas por nós no desassossego desta nossa sociedade consumista. Eis que subtilmente e no imediato reencontramo-nos na leve divagação nos momentos consagrados à Mãe Natureza. Viajamos não só nesse abstracto do feminino como nas imagens criadas na profundidade onde somo Unos no mesmo de sempre.
O que foi criado nas palavras da Matilde e agora transformado também em livro com o título: Pó e Leite Azedo é despojado da vanidade mas tem a ousadia muito fresca da sua juventude.
Estas, as suas palavras, a partir de agora são muito mais nossas pois ganharão vida própria...
A semente essa, pertece-lhe para sempre!
Esperemos que no futuro germine com uma expressão tão única como Ela e que também para sempre muito livre!
Texto de :Margarida de Arruda Martins Aquando da apresentação de: Pó e Leite Azedo de: Matilde Velho Cabral
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